A Escola Popular de Gênero e Formação Sociopolítica, mantida pela Corporación Amiga Joven, na Colômbia, começou com a reunião de jovens mulheres de diferentes bairros de Medellín, que enfrentavam problemas relacionados à violência de gênero e à violação de direitos. Em 2015, a iniciativa passou a receber apoio financeiro e isso permitiu sua consolidação na sede da Amiga Joven, como um espaço dedicado à formação para a paz com justiça de gênero destinada a três grupos: mulheres jovens; mulheres adultas, muitas delas mães das mulheres jovens; e, desde 2017, homens jovens, que participam de um grupo sobre masculinidades não hegemônicas.
Desde o início de suas atividades, Amiga Jovem tem promovido formações para a prevenção da violência sexual e a construção da convivência com grupos de base de crianças e adolescentes em bairros da cidade com situações de violação de direitos. Esta ação é desenvolvida de forma complementar à Escola Popular, uma vez que as meninas e adolescentes que se formam nos grupos de base geralmente se envolvem nos grupos de jovens mulheres da Escola, dando continuidade à sua formação.
A Escola desenvolve processos pedagógicos inspirados na educação popular e em metodologias vivenciais para a promoção de direitos, a prevenção da violência de gênero, a consciência de gênero, a formação de lideranças e o incentivo à participação cidadã e à incidência política. Os processos procuram reafirmar as/os participantes como sujeitas/os de direitos, incentivando-as a contribuir para a transformação de suas famílias e comunidades.
As atividades são realizadas para aproximar as/os participantes, gerando uma rede de confiança mútua e solidariedade. Entre as estratégias aplicadas para abordar os conceitos de forma experiencial, utiliza-se o Teatro do Oprimido, materiais audiovisuais, análise de canções infantis, poemas, desenhos, rituais, entre outros recursos que estimulam as/os participantes a se expressar e compartilhar suas experiências. Neste documento, Amiga Jovem sistematiza a trajetória de implementação da Escola Popular de Gênero e Formação Sociopolítica.
Poderia nos dizer em que país você vive?