O Futebol de Rua utiliza o esporte como ferramenta para mediação de conflitos, organização comunitária e promoção da cultura de paz. Também conhecido como Futbol Callejero em espanhol, é jogado com equipes mistas de mulheres e homens, que definem coletivamente as regras com base em três eixos: cooperação, solidariedade e respeito. A estratégia busca viabilizar espaços seguros de diálogo.
A Ação Educativa reuniu em uma publicação oito experiências em que a prática é utilizada para diminuir as desigualdades de gênero e estimular o diálogo e o respeito às diversidades. Para a organização, o futebol é uma das mais encantadoras expressões da cultura periférica.
Construção de espaços seguros de diálogo
“Entendido como uma manifestação cultural e uma das dimensões do direito e do exercício da cidadania – sobretudo nas periferias urbanas, onde mais se carece de políticas públicas para sua efetivação -, o futebol é trabalhado neste projeto [Interpaz] menos por seu aspecto esportivo e mais pela produção simbólica que emana de sua prática, presente em todos os territórios das bordas da metrópole”, diz trecho do Guia.
A metodologia do Futebol de Rua está entre as iniciativas apoiadas pelo Projeto Regional Interpaz. A Ação Educativa é a organização responsável por implementar essa atividade no Brasil. Sua atuação se dá por meio da criação de coletivos de futebol de rua e da publicação de uma cartilha para replicação da metodologia em outras comunidades. O lançamento da cartilha está previsto para novembro de 2021.
FUTEBOL E CULTURA: práticas de futebol colaborativo e solidário
Idioma: PORTUGUÊS
Confira neste guia experiências com a prática de futebol de rua para desconstrução de preconceitos e enfrentamento das desigualdades de gênero, que afetam meninas, mulheres e pessoas LGBTQI+. Isso considerando o futebol como esporte historicamente dominado por homens e associado à masculinidade. Essas iniciativas realizadas no Brasil e em outros países da América Latina apresentam diferentes formas de promover uma cultura não violenta, com espaços seguros de diálogo, tolerância e equidade de gênero.